quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Antes o Belo que o Bem


já faz tempo que a bruxa já não assusta.
já faz tempo que Judas perdeu a culpa.
já faz tempo meu medo virou desejo.
já faz tempo que a lógica virou do avesso
O avesso do modelo.

Antes o Belo que o Bem

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Fardo



‘Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te’.

Nietzsche


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Real love














O amor não é estar aqui atrás de ti
Querer de você o que você não tem
Só porque vem de mim
Este medo de estar sozinho aqui
do que vem...
já que você não vem.

O amor não é negar o óbvio
Só porque o óbvio é o que menos se vê
O amor não é ter que dizer sim
Só pra você ouvir...
já que no fundo não queres ouvir.

Mas eu não sou um rei
Pra você me derrubar da próxima vez
Eu não sou um rei
Só vim te amar como eu sei



terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Falta

 
Que falta que faz
ter um amor pra estragar tudo.
Em quem eu vou botar culpa?
Quem vai me dar uma surra?
Quem vai me chutar ladeira abaixo?
Quem vai me abandonar quando eu estiver com febre?
Sei que você me explorava
Mas não é tão ruim assim.
Pior é ser excluído



segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Existencial



Falam tanto de espiritualidade
De anjos e vida após a morte
Mas sumiram com o meu Carl Rogers.
Que chato!
Não consigo achar ruim a idéia de acaso
Não consigo acreditar que tudo faz sentido.
Deixa a surpresa me convencer que tudo pode ser infinito.
Eu não quero um Deus, eu não quero destino.
Eu quero amor e pensar crítico.
Eu quero poesia e amigos
Verdadeiros amigos.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Quem vai pagar?




Nada mais clichê do que um culpado.
E nas dores do amor isso é fato consumado.
Na ingenuidade nossa há sempre um que é abandonado.
E outro já bem escaldado, deve ser vilipendiado.
Não me admira o fato de ver toda essa gente ao teu lado.
Se acreditam em Deus, logo vão acreditar no diabo.
A culpa é sempre daquele que parte
Ainda que também tenha amado.

Ahh, mundo injusto, cego, canalha.
Não há julgo tão fora de moda.
É preciso pensar além.
De maneira mais corajosa.
Não vê que também sofre quem caiu fora?
Que a dor que ela sente agora
Eu já sinto desde outrora?
 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Não é amor





É culpa
É fuga
É dor

É o medo
É o desejo
É a falta de sexo

É o orgulho
É o apego
É não ter mais dinheiro

É o conforto
É não estar morto
É ter dois travesseiros

É a cocaína
É a companhia
É o riso frouxo

É o ciúmes
É o meu controle
É o meu piso movediço

É o Édipo
É a transferência
É puro complexo

É o fracasso
É o olhar do outro
É ainda pouco tempo

Seja lá o que for
O que eu sinto,
Não é amor.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Amanhã

Aprendi a não complicar
a deixar pra lá
seja o que for
não quero perder a cabeça
mas sei que nunca vou ter certeza.
vou me levantar
cansei de associar
não vou te culpar
amanhã vou tocar
e ver no que vai dar.


terça-feira, 16 de outubro de 2012

I' ll be there for You




Amor, meu amor
Me espera.
Vai desejando
Vai agüentando
Vai alugando
Amor, não esqueça!
Amor, não se perca!

Amor, meu amor
Vem me buscar.
Com beijos e bolas de assoprar
Quero um show particular
Tocando na guitarra ‘Eu estarei lá’.
Amor, não esqueça!
Amor, não se perca!

Amor, meu amor
Me pega lá. Me pega lá
A gente podia quem sabe esticar
um jantar naquele lugar.
Calma, calma, não sou porra louca.
Amor, não esqueça!
Amor, não se perca!

Amor, meu amor
Me denga, me denga, me dengaaaa
Só assim pra esquentar.
Tenha paciência, minha vida
Sei que um dia tudo vai passar.
Amor, não esqueça!
Eu chego na sexta.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Liberdade


 Chega sempre aquela hora
em que você duvida
não aceita mais tua sina
e nem a tranca na tua porta.

Chega sempre aquela hora
que não tem mais desculpas
que ninguém vai assumir a culpa
que ninguém vai ficar de fora.

Chega sempre aquela hora
que só tem você
pra ganhar e pra perder
o que vai ter de escolher.

Não tem aperto de mão
Nem o ponto do teu patrão
Não tem pai, filhos, nem sermão.
Não tem ciúmes, inveja ou solidão.

Nada pode conter.
Só você.
O que você quer ser?

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Depressão

Não aguento te ver assim
sei que nem tudo depende de mim.
Sei que gostarias de me odiar,
mas o que odeia é a ti.

Não sabe se virar com o que aí está.
Não sabe se perder pra depois se achar.
Só sabe cavar, cavar e cavar.
Para depois, lá, fincar.

Me sinto muito mal com essa história.
Queria um final feliz com outras memórias.
Queria até mesmo me ver solto na esbórnia
mas não é assim que a minha banda toca.

O que  me resta agora é me conter
porque eu sei que eu posso me arrepender
e pegar o primeiro trem que aparecer.

Mas a gente sabe
que não adianta dar a volta.
Só os bons filhos à casa torna.





quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Vir a Ser



Há de se aprender
a viver sem garantias.
Quando for se defender
Lembre que nem casa havia.

Me divido entre ser filho do meu Tempo
E ser Pai do Agora.
Ao invés de ar, sei que sou vento.
Posso prender ou botar pra fora.

Essa liberdade da qual não se acredita
É o que faz da vida uma coisa infinita.
Só sei que sou o ato que já se finda.
Pronto para ser ponto de partida.

Mas não há razão para briga
Não falo aqui da nossa vida.
Só quero dizer em tom bem existencialista
Que nada, se assim quiseres, nos determina.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Censurado para menores

Tenho estado mudo
talvez perdido
procurando o que não se acha
porque não se descobre.
Se desiste e enfim se aceita.

Mas quem aceita?




segunda-feira, 10 de setembro de 2012

OCIDENTE

Não pense que por não falar sério
eu não mereça o teu crédito.
Eu posso não ter o seu terno,
mas faço o que é certo.
Ora, não fique tentando me enquadrar
no céu ou no inferno.
Não se oriente
só pelo Ocidente.
Não seja tolo!
não seja demente!
Se você prefere pensar pobre, então pense
mas eu acredito que um dia você ainda volte.
Eu lhe digo - porra, man, se solte.
Quando vejo você afoito com suas novas verdades
eu penso - é muita ingenuidade!
Haja paciência.
Haja fragilidade.
Você me fala do capeta
Eta!
Logo pra mim que sou tão careta?
Serve pra você que não se aguenta.
Prefiro a minha Baioneta.
Minha ironia, o meu sarcasmo
não me ache desconfiado
mas com você é um olho aberto
e o outro escancarado
Se tenho medo do seu Deus
imagine do seu Diabo?
Só não se preocupe comigo
não me use meu amigo
olha é pro teu umbigo
e quem sabe, um dia
você volte pro teu início

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Amor que cuida


Dura de Pôr
Pra pôr dura
Nem tão dura é amor
Tanto que Fura.
Duro é ter que ouvir
Que não te acho Pura.
Prefere o que não tem cura?
Jura?
Amor, se cuida!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Bonanza

Fim do jogo.
A guerra acabou
Agora quero Paz e Amor.
Por quê?
Preciso de Paz para ir a luta.
Preciso também de um prazer sem culpa.
O que eu queria era liberdade,
Mas já tava me tornando um personagem.
Durou pouco, mas foi muito.
Então eu admito e me entrego
Começo a já ficar besta e brega
Com as armas já no chão.
Eu ainda dou um último berro.
Só pra cair de vez.
E agora sim é de vez.
Quando te vi já sendo outras,
Me perdi de mim, esvaziei.
‘Fingi na hora rir’.
Mas não sei mentir
Não tem que ser assim.
Então volte a ser o que és.
Que voltarei a ser de ti.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

80 mg de Fluoxetina


Então mais uma vez você se manda.
Com frio, com medo, no meio da noite se levanta.
E me diz afoita que quer pagar a conta.
E eu lhe digo – ‘não seja tonta’.
Quem vive de amor, meu amor.
Já não se espanta.
Não se sinta uma puta
Isso também é ser santa.
Mas você queria o quê?
Que eu fosse o teu urso panda?
Desculpe pelo sarcasmo,
Mas no fundo você sabe como eu me acho.
E quer saber o que eu acho?
É uma grande sacanagem
Você agora nem responder minhas mensagens.
Desistiu das viagens,
Dos beijos de partida,
Do alívio da aterrissagem
Do abraço do desembarque.
Tudo bem, eu respeito suas escolhas.
Vou aceitar tudo,
Mas não pense que eu engulo
Esse seu ar de tranqüila.
Você ainda vai ter que se entupir de muita Fluoxetina.
Desculpe, desculpe, sei que você é minha amiga.
Porra, então vem pra briga!
Me dá um chute na barriga!
Dá uma de louca. Mata meu cachorro!
Põe veneno na minha comida!
Se é tanta raiva assim,
Por que não me azucrina?
Ah! Mas essa não é a tua cara.
Pelo silêncio é que você me ataca.
E depois vem me chamar de psicopata.
Caralho, antes me desse um tapa.
Aí o que você faz?
Repete tudo o que você já fez
Some há mais de 01 mês,
Abusa da sensatez,
Forja uma surdez.
Mas foi foda, repito ‘foda’ dessa vez.
Você se superou fazendo o que fez.
Porra, me bloquear do seu Face?

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

PARA POUCOS


Meu jeito de amar
É diferente, é fora do lugar.
Penso eu...
Que é preciso amar
Pra ter o que cantar.
Pra ter o que escrever.
Pra você se ver
No texto que acabou de ler.
Quem não vive isso
Acaba ouvindo o mesmo disco.
Arranhado pelo tempo
Tempo escasso, amor desbotado.
Sou mais o meu amor
Leve, Selvagem, Inspirador.
Muitas vezes rima com dor.
Mas não tem problema
Felicidade é para os tolos.
Meu amor é para poucos.

Você não aguenta.


Na verdade
Você não aguenta amar.
Você só sabe falar
Mas não dá nada.
Sei que não é capaz.
Quem muito fala
Nada faz.
Você ainda é virgem
Apesar dos 20.
É tudo historia fiada
Prefiro as águas calmas.
Pra que tanto barulho?
Isso só provoca medo.
O desejo mora mesmo é no silêncio.
Sei que no fundo você não dá testa.
por isso que eu gosto mesmo é das quietas.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

O que falta?




O que é que tá pegando?
O que tá faltando
Pra você se entregar?
Se tiver fazendo jogo
Lamento, mas não vai dar.
O que eu quero eu já sei
É muito bom pra se jogar
Fora.
Vou contar até 10.
Vou bater o martelo.
E que tudo vá pro inferno
Quente, gostoso e efêmero.
Não me faça perder tempo.
Se quer me ver dê um jeito
Me dê logo um beijo
E tudo o que você achar que eu mereço
Pois eu sei...eu te mereço   

Do avesso




Tudo mudou,
Tudo virou de cabeça pra baixo.
E você que sempre soube dos babados
Agora fica caindo em cada buraco.
Não se espante com este mundo
Des-regulado.
Sem norma, sem passado.
Aqui o futuro muda.
E assim nada mais me assusta.
É mulher traindo como nunca
É homem traindo com culpa,
Errado mesmo tá quem julga.
Precisa reaprender a ver.
Manda quem não tem compromisso.
Obedece quem tem juízo.
Assim o poder tá sempre correndo
Escapulindo dos dedos
Mudando de tempos em tempos.
Mas não precisa ter medo.
A gente pode fazer um mundo com mais recheio
Se perguntar a cada um qual é o teu desejo.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Distância ótima


Entre e fique a vontade
Mas não abuse da minha liberdade.
Não fique cheio de dedos, mas
Não fique cheio de dados.
Não é porque te afago que quero ser afogado.
Preciso de tempo, preciso de espaço
Preciso de sexo, de beijo e de papo.
Preciso de idéias livres,
Indo e vindo sem pagar pedágio.
Preciso de meu corpo livre
Que possa morder sem tirar pedaço.
Fala em felicidade, e o que é ela sem a saudade?
Te quero, pois sei que é capaz de não ser só minha.
Te quero, pois pode ser de tantos, mas está na sua.
Te quero tanto assim para que no outro dia
Eu possa de fato sentir
Que você está comigo não por covardia
amor ao destino, capricho ou promessa a cumprir.
Então vamo lá
Vamo deixar como tá.
Que tá ótimo cada um em seu lugar.
A gente se encontra para amar
Sem saber no que vai dar.
Assim faz um lar doce lar
Que não é família margarina
Mas dá pra comprar.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Des-culpa




Des – culpa
Não tem mais problema
Vamos mudar o tema.
Não tem mais neura
nem conversa densa.
A gente segue em frente
Segue lentamente
Se pensar não aguenta.

Esquece aquele papo de amiga
Se é tudo em família
Não tem segredos nem mentiras.
Nada que um divã não resolva
Essa minha insegurança tola.
Se tiver de dividir você
Divido sem culpa
Sei que você se assusta
Se sente mais uma Puta
Ainda tem medo da chuva
Acha que é uma desculpa.

Quer complicar mais a vida
Se comprometendo comigo?
Se tornando exclusiva?
Ainda nessa idade
Acredita em fidelidade?
Amor, eu sei quem eu sou
e o que desejo...
E todo esse amor
Não é um erro.