terça-feira, 21 de agosto de 2012

80 mg de Fluoxetina


Então mais uma vez você se manda.
Com frio, com medo, no meio da noite se levanta.
E me diz afoita que quer pagar a conta.
E eu lhe digo – ‘não seja tonta’.
Quem vive de amor, meu amor.
Já não se espanta.
Não se sinta uma puta
Isso também é ser santa.
Mas você queria o quê?
Que eu fosse o teu urso panda?
Desculpe pelo sarcasmo,
Mas no fundo você sabe como eu me acho.
E quer saber o que eu acho?
É uma grande sacanagem
Você agora nem responder minhas mensagens.
Desistiu das viagens,
Dos beijos de partida,
Do alívio da aterrissagem
Do abraço do desembarque.
Tudo bem, eu respeito suas escolhas.
Vou aceitar tudo,
Mas não pense que eu engulo
Esse seu ar de tranqüila.
Você ainda vai ter que se entupir de muita Fluoxetina.
Desculpe, desculpe, sei que você é minha amiga.
Porra, então vem pra briga!
Me dá um chute na barriga!
Dá uma de louca. Mata meu cachorro!
Põe veneno na minha comida!
Se é tanta raiva assim,
Por que não me azucrina?
Ah! Mas essa não é a tua cara.
Pelo silêncio é que você me ataca.
E depois vem me chamar de psicopata.
Caralho, antes me desse um tapa.
Aí o que você faz?
Repete tudo o que você já fez
Some há mais de 01 mês,
Abusa da sensatez,
Forja uma surdez.
Mas foi foda, repito ‘foda’ dessa vez.
Você se superou fazendo o que fez.
Porra, me bloquear do seu Face?

3 comentários:

  1. e por que não assumir amar da forma que pode ser? A fazer do não um show, para disfarça o sim que não teve coragem de dizer... será que é desse mal, da falta de verdade para si, que sofre os seus amores?

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir