quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Depressão

Não aguento te ver assim
sei que nem tudo depende de mim.
Sei que gostarias de me odiar,
mas o que odeia é a ti.

Não sabe se virar com o que aí está.
Não sabe se perder pra depois se achar.
Só sabe cavar, cavar e cavar.
Para depois, lá, fincar.

Me sinto muito mal com essa história.
Queria um final feliz com outras memórias.
Queria até mesmo me ver solto na esbórnia
mas não é assim que a minha banda toca.

O que  me resta agora é me conter
porque eu sei que eu posso me arrepender
e pegar o primeiro trem que aparecer.

Mas a gente sabe
que não adianta dar a volta.
Só os bons filhos à casa torna.





Um comentário:

  1. esse poema, me fez lembrar uma máxima filosofica, que ouvi no colégio, "não tem como tomar um banho no mesmo rio duas vezes, por que o rio não é o mesmo, nem você" Algo assim. Voltar os passos, para sanar a dor é uma ilusão perigosa... por que ao encontrar de novo, estamos novos, somos outros. Enfim...Bom feriado!

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